02 outubro 2008

Liberdade

O constante devir do meu pensamento,
divaga entre corredores de agonia e simpatia...
A mudança que trouxeste recuperou
o que outrora alguém tirou...
Algo que pensei não mais recuperar
mas tu descobriste-a com o teu olhar,
A alma que estava afogada pelo fulgor do dramatismo
corrumpida por um emergente secretismo
era agora aliviada e quiças desviada...
Entraste no meu interior,
Será que agora tens a coragem de libertar a borboleta aprisionada?
Deixarias que ela voasse de novo de forma apaixonada?
Se o asim fizesses, talvez ela fosse pousar
e na tua bochecha um beijo te segredar,
delicadamente,
ternorosamente...

Acabou!

Durante tantas noites de insónia eu te vi e desejei,
Perdida nas brumas eu fiquei e me transformei,
Andei à deriva num mar tenebroso e cruel,
não encontrava uma saída, mas porquê?
A eterna questão que faço a mim mesma
Porquê? Valeu mesmo a pena?
Passei grande parte do meu tempo a rastejar,
como um verme num chão frio e assustador
e nem olhavas para mim, e eu ali a fraquejar...
Sentias-te rei e senhor desse verme que poderias pisar a qualquer momento,
nunca reparavas em mim, eu era apenas um verme, nada mais que um verme...
Porquê digo eu,
Será que merecemos sofrer
por uma paixão
que leva grande parte do nosso ser
ao desespero e solidão
Porquê digo eu,
Tantas conversas ficaram pelo meio
Palavras que não foram ditas
Frases ocultadas
Simbólos sem sentido
Agora, não digo mais porquê!
Acabou!
O sonho que outrora se ergueu
teve o seu fim, desvaneceu
e nem sequer uma lágrima derramou
porque acredita em mim,
Acabou!