05 junho 2012

Desabafo...

Não é uma carta

É um desabafo!

Desabafo que me transtorna e dissolve a alma...
Alma que já não reflecte o quotidiano,
Quotidiano que se torna irreal,
Irreal como os pensamentos!

Questiono-me sobre o passado,
Passado que se contorna em labirintos,
Labirintos irracionais e sem cor.
A cor que se neutraliza com a dor.

Não pretendo histórias com finais felizes,
Finais felizes são pura demagogia!
Demagogia que não trazem nem o sorriso nem a alegria.

A tristeza inconsolável tem de transformar
Transformar como uma fénix
Fénix que renascerá das cinzas e voará,
Num voo pleno de novos desafios,
Desafios e obstáculos
que serão pouco a pouco ultrapassados.
E provavelmente... valorizados!

E o futuro?
Futuro de incertezas
Incertezas sem sentido
Sentidos desconcertantes e infindáveis.
Passos obtusos e lamentáveis!

Será tudo passageiro?
Passagem obscura da realidade?
Quem me dera ser um forasteiro,
e fugir desta mentalidade.

A tua presença não será esquecida
Será guardada no coração
um coração rico de emoção!
Que ainda acredita na impossibilidade do momento
momento que se quer único
unicidade sem tempo nem lugar
Lugar onde guardarei o teu olhar!

Levo o corpo
levo a memória
levo os momentos
De algo forte
Fortaleza que desloca o meu chão sem aviso nem razão!

Amanhã é o dia!
Dia do resto de uma vida!
Sigo... sem certezas... sigo...

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